sábado, 28 de novembro de 2009

Caminhando

E foi com a leveza de sempre que ela encarou mais essa fase de sua vida: a fase em que as pessoas e acontecimentos esbarravam em sua pele e nela se infiltravam intensos, vorazes, inexatos.
À sua volta, o tempo corria, o clima mudava, mudava o céu.
Mas ela abria os braços e sentia o vento, e queimava no sol, e olhava o relógio, e contava o dinheiro, e andava com pressa, e atravessava as ruas, e penteava o cabelo.
À sua volta, o mundo girava, os rostos envelheciam e a saudade doía.
E ela, com a certeza bonita de quem quer o mundo, mas pode esperar, apenas sorria.

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