segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Verdades

Vieram me perguntar, como sempre faziam, o que é que deu no fim das contas. E eu tive que responder, leve e sorridente e certa que, no fim das contas, não deu nada.
Levei um susto mesmo, com a minha resposta, e fiquei até pensando onde raios foi parar aquilo tudo... mas a minha alma só sorriu pra mim como quem diz "bobinha".
Eu sorri pra ela de volta. Sou bobinha mesmo.
Disseram que disseram que eu disse qualquer coisa. Eu ouvi, abaixei a cabeça e respondi: "acreditem no que se parecer mais com o que vocês pensam".
"Mas é verdade?" - Eu só sorri, sem responder. Pouco importa que não fosse, pensem o que quiserem. Todo mundo é livre e não sou eu que vou mentir nem desmentir nada nem ninguém. Deixa acharem isso ou aquilo.
Depois disseram que alguém disse que ouviu dizer e viu e tinha como provar e coisa e tal, mas sabe... e daí? Não ia adiantar eu ficar falando o contrário, então só disse: "bem, cada um tem suas verdades, né..."
E é isso aí mesmo. Foi. Ninguém tem que ficar falando ou perguntando ou querendo saber, chega. Quem quiser se ocupar de contar as histórias, que tenha sorte. Cada um tem suas verdades, mesmo, e não adianta eu ficar debatendo e discutindo. Quem pergunta normalmente é porque já formou sua opinião. E como as verdades são objetos individuais, cada um sabe como é que prova a sua e, quem quiser provar, tudo bem.
Eu cansei de me deixar julgar e acreditar no que dizem de mim mesma. Eu me conheço bem demais pra aceitar outro juiz além de mim.
E daí se quiserem falar? E daí se quiserem bater? E daí se quiserem achar e concluir e pensar seja lá o que for?
Eu tenho a mim e não me interessa que alguém pense ou saiba ou tenha ouvido ou consiga provar outra coisa, eu sei muito bem qual é a minha verdade.
Ela é simples, pura, exata, leve...
E daí se quiserem achar outra coisa?